Blog da Coroa

O outro lado do Cara!

Roriz declara patrimônio de R$ 1 milhão. Você acredita?

Com o pedido de registro de candidatura, que se encerrou na data de ontem (5.7) os candidatos tiverem que enviar declaração na qual informam o patrimônio que têm e o valor correspondente. Joaquim Roriz informou possuir um patrimônio de R$ 1,111 milhões.

O blog levantou as informações do patrimônio de Roriz declaradas à Justiçã Eleitoral nas eleições de 1998 a 2010. O interessante é que, pasmem, Roriz está ficando pobre. Com o passar dos anos, seu patrimônio declarado tem diminuído sensivelmente, como se pode verificar na tabela abaixo.

 

Sobre o patrimônio de Roriz, vale a pela reproduzir trecho de uma reportagem feita em 2007, pelo jornal goiano Opção Online.

Patrimônio — Joaquim Roriz responde a 15 ações de improbidade administrativa, outras tantas ações penais e tem quatro pedidos de bloqueio de seus bens. Foi vereador, vice-governador de Goiás, interventor na Prefeitura de Goiânia, governador do Distrito Federal por quatro vezes e está no início de seu mandato de senador. Está acostumado a driblar sentenças judiciais e investigações de várias formas. É incontestável a influência que tem no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e no Tribunal de Contas. A imprensa brasiliense também é de uma docilidade impressionante com Roriz e pouca coisa circula nos jornais da cidade sobre as estripulias do senador.

Roriz parece zombar da Justiça, principalmente a eleitoral, com suas declarações de bens, apresentadas nos últimos pleitos que disputou. É incrível que nenhum juiz eleitoral ou os assessores tenham atentado para a pífia declaração dos bens que ele diz possuir e é ainda mais inacreditável que ninguém tenha cruzado informações com as da Receita Federal, ainda que por mera curiosidade. Todos, absolutamente todos, sabem que Roriz é um homem riquíssimo, quem nem de longe precisaria pedir um empréstimo de 300 mil reais para Nenê Constantino.

Em 1998, quando foi eleito para o governo do Distrito Federal, Roriz disse ter como grau de instrução o curso superior incompleto e que sua profissão era “empresário e produtor de espetáculos públicos”. Solenemente perante a Justiça Eleitoral, declarou que seu patrimônio, segundo ele todo relacionado na declaração assinada, totalizava pouco mais de 7,414 milhões de reais. Essas informações estão disponíveis no site da Justiça Eleitoral e no blog do jornalista Fernando Rodrigues.

A dúvida começa quando o atento leitor dos sites especializados resolve conferir o que aconteceu com o patrimônio de Roriz nos anos seguintes. Será que é tão ingrata a missão de um político a ponto de resignadamente ficar mais de 1 milhão mais pobre a cada eleição? Pois é isto que está declarado na relação de bens de Joaquim Roriz entregue à Justiça Eleitoral nos anos de 2002 e 2006.

No pleito de 2002, quando reeleito para o Palácio do Buriti, Roriz declarou que seu patrimônio total era de 5,597 milhões de reais, ou seja, ele ficou 1,817 milhões de reais mais pobre. Esse foi o ônus por se dedicar tanto ao povo do Distrito Federal. Em sua quase franciscana declaração de bens não aparece qualquer referência a bovinos, suínos ou outro animal que ele fosse criador ou proprietário. Nada que discriminasse qualquer gado de raça como ele se tornou criador conhecido ou comprador de uma bezerra de 300 mil reais.

Mas as surpresas não param por aí. No ano passado, quando foi candidato ao Senado e eleito, Roriz era um homem ainda mais pobre, se fosse crível sua declaração de bens à Justiça Eleitoral. Seu patrimônio total foi declarado como sendo de 4,489 milhões de reais, ou 1,108 milhões de reais a menos do que no pleito anterior. Nesse período Roriz declarou ter concluído seu curso superior e sua ocupação principal declarada passou a ser pecuarista.

Como pecuarista ele disse ser possuidor de 6.227 bovinos e que o valor de todo esse plantel é de 2,850 milhões de reais, o que dá uma média de 457 reais por cabeça, ou seja, pouco mais de 1 por cento o valor da bezerra que ele diz ter comprado com o dinheiro que pediu emprestado para Nenê Constantino. Caso Roriz não consiga pagar o empréstimo é de supor que ele ceda a metade da casa que ele possui na SMPW — setor nobre de Brasília — se levado em consideração que o valor declarado do imóvel é de pouco mais de 600 mil reais.

Roriz ainda tem falado sobre os famosos leilões de gado em Uberada.

Roriz é também um pecuarista que distribui suas reses por imóveis de outros, pois a única propriedade rural que ele contou para a Justiça Eleitoral que possui são áreas nas fazendas União e Jurema (sem explicar onde se situam) e cujo valor estimado é de simplórios 100 mil reais, quase o mesmo valor de uma caminhonete F-250 que vale 93 mil reais.

As declarações de bens que o senador Joaquim Roriz prestou à Justiça Eleitoral nos últimos nove anos contrastam com a fala de sua filha na última semana. Ela disse que os 300 mil reais que seu pai pedira emprestado ao empresário Nenê Constantino “não significavam nada”, pois, segundo ela, Roriz podia “queimar dinheiro se quisesse”.

Fontes do Ministério Público do Distrito Federal informaram que as declarações de bens, levantadas pelo Jornal Opção serão anexadas ao inquérito com pedido de cruzamento de dados junto a Receita Federal e outros órgãos para apuração da verdade.

julho 6, 2010 Posted by | Política | 2 Comentários

Racha no DEM-PA exclui da eleição Valéria Pires, ex-quase vice de Serra

Diário do Pará, 24.6.2010: Valéria Pires Franco pode ser vice de Serra

O Liberal, 6.7.2010: DEM fecha com PSDB. Valéria e Vic estão fora 

 

Segundo a reportagem, Depois de uma grande dissidência e divergências internas, o Democratas (DEM) decidiu se coligar com o PSDB. O saldo da decisão foi a exclusão do deputado federal Vic Pires Franco da disputa, que, depois de quatro mandatos consecutivos na Câmara Federal, optou por não concorrer. A ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM) também não disputará nenhum cargo eletivo e fica de fora do cenário político deste ano.

A matéria ainda destaca que Vic não queria mais aproximação com o PSDB porque achou que na eleição para a Prefeitura de Belém, Valéria não recebeu todo o empenho do ex-governador tucano. O racha no DEM foi tão grande que Vic Pires Franco não assinou a ata que foi registrada no tribunal na noite de ontem.

julho 6, 2010 Posted by | Política | Deixe um comentário

Caras de pau

Do Jornal Alô Brasília: Mensaleiros do DF tentam novo mandato na Câmara

Carol Pires – Brasília

O envolvimento no maior escândalo político da história de Brasília, o “mensalão do DEM”, não impedirá que diversos deputados distritais, federais e suplentes tentem um mandato nas eleições deste ano. É o caso do deputado distrital Geraldo Naves (DEM), que chegou a ficar preso por cerca de 60 dias por tentativa de suborno de uma das testemunhas do caso.

Ele pediu ontem ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) o registro para tentar a reeleição à Câmara Legislativa. O deputado foi preso com outras cinco pessoas, dentre elas o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de tentar subornar uma testemunha da Operação Caixa de Pandora, o jornalista Edson Sombra, para que ele mudasse o depoimento à Polícia Federal.

Naves entregou um bilhete escrito por Arruda a Edson Sombra e acabou fazendo parte do caso. O deputado negou mais uma vez a denúncia e disse não temer que o envolvimento no “mensalão do DEM” atrapalhe o plano de reeleição.

Outros quatro deputados distritais e dois suplentes citados como beneficiários do suposto esquema de corrupção também tentarão um mandato na Câmara Legislativa de Brasília. São eles os deputados Benedito Domingos (PP), Aylton Gomes (PR), Rôney Nemer (PMDB) e Benício Tavares (PMDB). Os suplentes Berinaldo Ponte (PP) e Pedro do Ovo (PRP) também participarão do pleito de outubro. Todos são citados em conversas interceptadas pela Polícia Federal como possíveis receptores do dinheiro do esquema e negam as acusações.

Ficha Limpa

Apesar das acusações, os envolvidos no “mensalão do DEM” não são impedidos de concorrer pela Lei da Ficha Limpa porque ainda não houve condenações sobre o caso. De acordo com a lei, apenas a condenação por decisão colegiada deixa um político inelegível.

Outros personagens do escândalo, como o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, no entanto, não poderão concorrer. Arruda foi preso acusado de tentar subornar uma testemunha, foi expulso do DEM e teve o mandato cassado. Sem legenda, não pode disputar o pleito. Prudente também foi expulso do DEM e renunciou para fugir do processo de cassação na Câmara Legislativa.

Também estarão fora das eleições a ex-deputada Eurides Brito (PMDB), cassada por quebra de decoro, e Júnior Brunelli (PSC), que renunciou ao mandato

julho 6, 2010 Posted by | Política | Deixe um comentário

Gilmar Dantas, aprenda com quem entende

Presidente do TSE nega liminar a sete pedidos de suspensão da Ficha Limpa

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, negou nesta segunda-feira sete pedidos de políticos que pediam a suspensão da Lei do Ficha Limpa. Segundo ele, os argumentos apresentados pelos candidatos não foram “plausíveis”.

Os recursos foram propostos por candidatos de diversos Estados do país, como Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal, que tiveram condenações nos respectivos TREs. (Tribunais Regionais Eleitorais).

Ele é o quarto ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) a se pronunciar sobre este tipo de pedido.

Na sexta-feira, o vice-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, negou três pedidos de políticos para suspender a lei.

Durante a semana, políticos “ficha suja” tiveram duas sentenças favoráveis –uma do ministro Dias Toffoli e outra do ministro Gilmar Mendes.

FICHA LIMPA

De acordo com a lei, aprovada pelo Congresso e promulgada no último dia 4 pelo presidente Lula, fica inelegível por oito anos, a partir da punição, o político condenado por crimes eleitorais (compra de votos, fraude, falsificação de documento público), lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.

Também ficam inelegíveis todos aqueles que renunciaram para escapar da cassação e os cassados pela Justiça Eleitoral por irregularidades cometidas nas eleições de 2006.

O projeto é resultado de iniciativa popular que obteve 1,6 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado. O documento foi protocolado em setembro de 2009 na Câmara.

julho 6, 2010 Posted by | Justiça | , | Deixe um comentário