Economia básica para aviceados
Nada como um bom neologismo para falar sobre a última do Zé Ladeira Abaixo (como diria o PHA).
Dentro de sua análise bem peculiar sobre o resultado do PIB sino-brasileiro do primeiro trimestre de 2010, ele teve a cara de pau de criticar a queda no investimento agregado, em mais um exercício de desinformação, estratégia que denunciei AQUI.
Bom, o gráfico do início do post (do Correio Braziliense) mostra claramente quem causou a verdadeira queda do investimento no país. Sim, foi o governo FHC-Serra. A coisa foi tão grave que derrubou a credibilidade do Brasil, e com isso demoramos um ano para recomeçarmos o crescimento, mesmo tendo como presidente O Cara. E no ritmo em que estamos, só retornaremos ao patamar de 2000 lá pela segunda metade do pimeiro mandato da Dilma, e ainda assim estaremos longe do resultado de 1994 de Itamar.
Ou seja, o mal que o PSDB-DEM fizeram é que atravancam o progresso do país.
Só para ficar ainda mais explícito o assassinato de investimentos do FHC-Serra e a recuperação promovida por Lula-Dilma, vejam o gráfico da média de investimento anual desde 1991:
Olha lá, a dupla infernal pegou o poder com 21,5% de investimento e entregou com apenas 16,4%. O Lula patinou no começo por causa da baixa credibilidade do país, mas depois retomou o ritmo de crescimento, até dar uma travada graças à crise mundial e agora retomou com força total.
Volto a repetir aqui: nosso maior problema não foi a crise mundial, nosso maior problema foram os dois governos FHC-Serra entre o Itamar e o Lula.
fhc/serra essa dupla é um fracasso
Para esclarecer ainda mais a questão da taxa de investimento adequada (uns dizem 22% do PIB, outros 25% para crescermos 4,5% ao ano de forma sustentada), leiam esse ótimo artigo postado no blog do Nassif:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-no-e-a-restricao-externa
Ou seja, o que se define agora como o fim do mundo é, na verdade, um problema passageiro.
Funciona assim: quando os juros são altos, critico os juros. Quando esses caem, critico o investimento. Quando esse sobe, reclamo da poupança interna. Quando essa sobe, critico o déficit corrente. Se esse cai, critico a desindustrialização graças ao câmbio e assim por diante.
Conclusão: os problemas estão sendo resolvidos de forma contingencial, mesmo pq ainda não desenvolvemos uma sólida cultura de planejamento. Até lá, estamos evoluindo bem com o Lula-Dilma e fomos mal com FHC-Serra.
Quem, então, é a melhor opção para receber nossos votos em outubro?
Mas é bom ler o artigo até o final. O problema do déficit em transações correntes é realmente sério. Se não tomarmos cuidado com isso, seremos engolidos de novo em uma megacrise nacional.